A Ordem dos Músicos do Brasil (OMB) possui em sua unidade paulista grupos de estudo de musicografia braille. O objetivo é levar às pessoas cegas aprendizado musical teórico, ou seja, escrita e interpretação de partituras em braille e, consequentemente, direcioná-las para o mercado de trabalho da área.
Para o presidente da OMB-SP, maestro Roberto Bueno, a pessoa com deficiência visual possui, na maioria das vezes, ouvido absoluto. O dom permite que o músico aprenda a tocar instrumentos somente ao ouvir uma melodia, o que não é suficiente para trabalhar numa orquestra ou numa banda profissional, por exemplo. Para ingressar no mercado de trabalho profissional é imprescindível conhecer música na partitura.
Marcela Trevisani é um exemplo dos benefícios do grupo. Ainda aluna, a pianista já ajuda na monitoria de alunos do curso e foi indicada para tocar profissionalmente pelo presidente da OMB.
O projeto existe há quase dois anos e conta com a parceria do instituto Laramara, que doou máquinas em braille para que os alunos possam usá-las em sala de aula. O grupo da OMB recebe alunos de todo o Estado de SP, desde que o interessado tenha como se transportar.