06 de Mai de 2024
O herpes ocular não tem cura e pode levar à perda de visão quando não tratado corretamente. Dor nas pálpebras, inchaço ao redor dos olhos, ardência, vermelhidão, inflamação, infecção e lacrimejamento excessivo e involuntário são as manifestações mais comuns da doença causada pelo vírus 'tipo 1' do herpes simples - o mesmo que costuma provocar feridas e úlceras labiais quando a imunidade está em baixa.

A transmissão da doença, de acordo com o oftalmologista Renato Neves, se dá por meio dos contatos do doente com outras pessoas, principalmente através das feridas nos lábios. "A pessoa pode ser contaminada pelo vírus e não apresentar sintomas durante muito tempo. Por razões ainda indeterminadas, como episódios de baixa imunidade, febre, estresse intenso, queimaduras de sol, cirurgias odontológicas ou alguns traumas, a doença pode surgir subitamente. O tratamento imediato com medicamentos antivirais faz com que o vírus do herpes pare de se multiplicar e de destruir as células epiteliais", diz o médico. 

Mais da metade da população mundial já entrou em contato com o vírus 'tipo 1' do herpes simples. "Geralmente, ele se instala no organismo em idade infantil, por volta dos cinco anos. Quando não tratado pronta e apropriadamente, repetidas ocorrências dessas manifestações mais agressivas podem levar à perda de visão e, consequentemente, à cegueira, ainda mais se atingir camadas profundas da córnea", diz Neves. 

Os meios mais utilizados para tratar todas as formas da doença incluem comprimidos e colírios antivirais, antibióticos ou até mesmo cirurgias. Casos mais graves, que deixam cicatrizes, podem necessitar de transplante de córnea. "Vale ressaltar que o vírus do herpes simples é diferente daquele associado ao herpes zoster, doença provocada pela varicela, o mesmo vírus da catapora - que também pode afetar os olhos".  











Fonte: Opticanet