03 de Mai de 2024
Nos Estados Unidos, 40% dos transplantes de córnea têm sido realizados pelo método da ceratoplastia endotelial nos últimos seis anos. A cirurgia tem sido realizada no Brasil, a fim de devolver a visão a várias pessoas. “Trata-se de uma opção interessante para o paciente que teve complicações na cirurgia de catarata ou ainda para os portadores de distrofia de Fuchs – doença da córnea que evolui lenta e progressivamente e afeta o endotélio, parte da córnea que fica no interior dos olhos e é responsável por sua transparência”, diz o doutor Renato Neves.

Segundo o especialista, a técnica está ganhando novos adeptos, por conta dos resultados promissores. “Nós apenas substituímos a parte doente da córnea, preservando as estruturas sadias. Ao contrário do transplante normal, que exige um tempo de recuperação entre quatro e seis meses, como a ceratoplastia endotelial leva poucas suturas a recuperação acontece geralmente em 40 dias. Depois desse período, mais ou menos, grande parte dos pacientes enxerga com acuidade visual próximo a 20/40 – que é considerada normal”. Neves diz que, quando preparada, a córnea doadora pode ser implantada em dois pacientes, já que um aparelho especial separa a córnea em duas camadas que podem substituir o endotélio doente ou a superfície da córnea – em casos de cicatrizes ou até ceratocone.








Fonte: Mundo da Óptica