Oftalmologista destaca moléstias típicas nesta época do ano
A primavera se estende até o dia 21 de dezembro e com ela surgem alterações climáticas ou ambientais, que contribuem na propagação de doenças oculares típicas da estação. “São fatores fora do nosso controle, característicos desta época do ano. A questão é ficar atento e, ao primeiro sinal de problemas na visão, consultar um oftalmologista para iniciar o tratamento”, orienta Dra. Lorenza Français, oftalmologista. Dentre as doenças que podem acometer os olhos e aumentar sua incidência na estação das flores, a médica destaca as seguintes:
Ceratocone – Multifatorial e progressiva, a doença afeta a estrutura da córnea e pode comprometer seriamente a visão. “O ceratocone provoca mudanças estruturais nos olhos que deixam a córnea mais fina e modificam sua curvatura normal para um formato cônico”, explica a Dra. Lorenza. Como na primavera os casos de crises alérgicas tendem a aumentar, a coceira nos olhos muitas vezes é inevitável. “Quem sofre de alergia geralmente tem o mau hábito de coçar os olhos, o que pode desencadear ou mesmo agravar o ceratocone”, alerta a oftalmologista. Ou seja, o simples ato de esfregar os olhos constantemente pode alterar a espessura e curvatura da córnea, em pessoas que têm predisposição a desenvolver ceratocone. “Se o paciente tiver muita coceira, vermelhidão, inchaço ou secreção, pode fazer compressas de água fria e marcar um oftalmologista o quanto antes, para controlar e tratar os sintomas. O diagnóstico precoce e correto evita que a doença se manifeste ou piore, além de evitar futuras crises oculares alérgicas”, garante a médica.
Síndrome do Olho Seco – Embora seja um problema que pode acometer os olhos em qualquer época do ano, é na primavera que ele tende a ser mais comum, pois a estação tem uma umidade relativa do ar instável. As condições climáticas facilitam o aparecimento de sintomas da Síndrome do Olhos Seco, como ardor, sensação de areia nos olhos, peso nas pálpebras, olhos vermelhos, embaçamento da visão e sensibilidade à luz. “Se o paciente sofrer de algum desses incômodos, deve evitar coçar os olhos ou pingar qualquer colírio sem orientação médica. O ideal é procurar um oftalmologista para seguir o tratamento correto, com lubrificantes, géis e outros medicamentos”, orienta a Dra. Lorenza. Outra dica é aumentar o consumo de alimentos ricos em ômega 3, que aumentam a lubrificação natural dos olhos.
Conjuntivite – A doença tem uma incidência maior na primavera, devido à alta concentração de pólen e outras substâncias no ar. Chamada de conjuntivite sazonal é a forma mais comum das alergias oculares, sendo quase sempre associada à rinite. Trata-se de um processo inflamatório na conjuntiva, que é a membrana que reveste o globo ocular. Os sintomas nos olhos variam desde vermelhidão e coceira, a secreção e inchaço. “É um tipo de alergia fácil de diagnosticar porque o paciente apresenta sintomas típicos, como prurido nasal, espirros e problemas respiratórios associados à conjuntivite sazonal”, diz a oftalmologista. Segundo ela, outros fatores que podem provocar conjuntivite alérgica são ácaros do pó doméstico, descamações epiteliais de pets, esporos de mofo, baratas, partículas de látex e alguns alérgenos alimentares. “O controle deve ser feito por um oftalmologista por meio de colírios, anti-histamínicos e outros medicamentos que aliviem os sintomas e tratem o paciente”, recomenda a médica.
Segundo a oftalmologista, seja qual for a doença ocular na primavera, a orientação é sempre procurar um especialista em visão. “As consultas com o oftalmologista são essenciais. Assim que o paciente perceber as primeiras moléstias na visão, deve marcar uma visita a esse médico, para ser diagnosticado e seguir o tratamento correto”, orienta.
Fonte: assessoria de comunicação do Instituto de Olhos do Recife – IOR