28 de Mar de 2024

74,8% dos brasileiros cegos poderiam estar enxergando caso tivessem recebido tratamento apropriado a tempo

Dedicado à conscientização, prevenção, combate e reabilitação da cegueira, o Abril Marrom alerta para a importância do diagnóstico precoce das doenças oculares que podem causar a perda da visão. Segundo estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS), entre 60% e 80% dos casos de cegueira no mundo são evitáveis. No Brasil, o documento "As Condições da Saúde Ocular no Brasil 2019", produzido pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), demonstra que a cegueira atinge 1.577.016 brasileiros (0,75% da população), sendo que 74,8% dos casos teriam prevenção ou cura, o que significa que essas pessoas poderiam estar enxergando, se tivessem recebido tratamento apropriado a tempo. "O check-up oftalmológico de rotina é essencial na prevenção e diagnóstico das principais doenças oculares que podem levar à cegueira:  catarata, glaucoma, retinopatia diabética e a degeneração macular relacionada à idade (DMRI). Quando o paciente descobre essas afecções logo no princípio, é possível optar por uma série de tratamentos que garantam a prevalência da visão e, consequentemente, sua qualidade de vida", alerta o oftalmologista Dr. Jonathan Lake.

Responsável por 47,8% dos casos de cegueira em todo o mundo, a catarata provoca a perda progressiva da visão, porém é reversível com cirurgia. Segundo a Sociedade Brasileira de Oftalmologia, 17% das pessoas com até 65 anos e 47% dos que têm entre 65 e 74 anos têm catarata. Com o avançar da idade, as fibras do cristalino aumentam de diâmetro e espessura, provocando a princípio presbiopia, popularmente conhecida como vista cansada. A doença evolui lentamente, embaçando a visão até a pessoa enxergar apenas luzes e vultos, podendo ocorrer cegueira se não tratada. "Algumas pessoas não percebem a doença nos estágios iniciais da visão. Na cirurgia, removemos o cristalino opacificado e o substituímos por uma lente intraocular artificial transparente", explica o Dr. Daniel Moon Lee, especialista em Catarata. "Crianças também podem apresentar catarata e glaucoma congênitos, de difícil tratamento e mau prognóstico visual. O estrabismo e altos graus de ametropias também devem ser diagnosticados e tratados precocemente, sob o risco de levar à ambliopia, irreversível após os sete anos de idade", complementa o médico. Segundo o estudo "As condições de saúde ocular no Brasil 2015", do CBO, a diversidade regional brasileira e os diferentes níveis de desenvolvimento socioeconômico estimam uma média de prevalência de cegueira infantil para o Brasil entre 0,5 e 0,6 por mil crianças, de acordo com o estudo. E de acordo com a estimativa da Agência Internacional de Prevenção à Cegueira, é possível considerar que existam no Brasil cerca de 29 mil crianças que perderam a visão por afecções oculares que poderiam ter sido evitadas ou tratadas precocemente.

Principal causador de cegueira irreversível no mundo, o glaucoma deve afetar 111,8 milhões de pessoas em 2040, segundo projeção da OMS. É uma doença degenerativa que danifica as células do nervo óptico progressivamente, não tem cura, mas pode ser controlada. É mais comum após os 40 anos de idade e tem como principal fator de risco o aumento da pressão intraocular, mas o histórico familiar, miopia elevada, diabetes, idade avançada e estresse também devem ser considerados fatores de risco. O Brasil tem aproximadamente 900 mil brasileiros afetados pelo glaucoma. Já a degeneração macular relacionada à idade (DMRI), é uma doença crônica progressiva que ocorre na parte central da retina chamada mácula e que leva à perda gradual da visão central. É considerada a principal causa de perda irreversível da visão entre as pessoas acima de 50 anos. Dados da OMS demonstram que cerca de 30 milhões de pessoas no mundo têm DMRI atualmente. Ainda que as condições ambientais, alimentação e predisposição genética também devam ser considerados, o maior fator de risco para DMRI é a idade e o problema afeta 10% de pacientes entre 66 e 74 anos e 30% com mais de 75 anos. Sobre a retinopatia diabética - que pode ser tratada de acordo com o estágio - terapias como injeção intravítrea de antiangiogênicos e fotocoagulação a laser são essenciais para o controle da doença, podendo melhorar os sintomas de perda visual.  "Alimentação balanceada, atividade física e cultivar hábitos saudáveis, contribuem para a saúde ocular. Além disso, é recomendável usar óculos escuros com filtro UV, para tentar diminuir a exposição do olho à radiação ultravioleta ao longo da vida", ressalta o Dr. Daniel Moon Lee.

Para saber como está a saúde dos olhos e cuidar muito bem deles, só mesmo com consultas regulares ao oftalmologista. Porém, muitas pessoas não conseguem realizar esse check-up. Além da dificuldade de atendimento por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), muitos brasileiros não têm acesso ao serviço hospitalar particular. Pesquisa realizada em 2018 pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), mostrou que 69,7% dos brasileiros não possuem plano de saúde privado. O estudo ressalta que esse percentual atinge 77% entre as pessoas das classes C, D e E. Para esse público, existem alternativas como as clínicas Dr. Vis, criada para atender à necessidade por serviços na área oftalmológica de saúde. "O Dr. Vis foi uma forma que encontramos para democratizar e possibilitar a saúde ocular com qualidade para o maior número de pessoas possível. Por meio dele proporcionamos um atendimento humanizado, com médicos e equipes capacitadas, infraestrutura e equipamentos de alta tecnologia a preços acessíveis. Temos a oferecer um novo padrão para a realização de exames e cirurgias, suprindo a demanda de uma população majoritariamente sem convênios, que agora consegue ser tratada com qualidade e agilidade", explica o Dr. Jonathan Lake.

Inaugurado no Distrito Federal em 2019, em Sobradinho, menos de três anos depois já são quatro unidades espalhadas pelos estados do Rio de Janeiro, Santa Catarina e Pernambuco. Nessas localidades são desenvolvidos trabalhos na área de oftalmologia ambulatorial, que compreendem testes de lentes de contatos, consultas e exames, nas especialidades de catarata, córnea, glaucoma e retina, além de clínica geral e oftalmopediatria. E a expansão nacional continua. Em junho, São Paulo terá uma unidade no bairro do Tatuapé. 

 

 

 

Fonte: Assessoria de comunicação do Grupo Opty