26 de nov de 2024

Associação destaca importância da consulta de rotina com oftalmologista em todas as idades, independente da necessidade do uso de óculos

olhos

Neste 14 de outubro, Dia Mundial da Visão, data promovida toda segunda quinta-feira deste mês, associações de pacientes em todo o mundo fazem o alerta para a atenção global sobre a cegueira e para os problemas que levam à deficiência visual. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo têm alguma deficiência visual evitável. Nesse contexto, a ONG Retina Brasil promove a conscientização no país sobre a importância dos cuidados com a visão desde a infância, para prevenir problemas e consequências irreversíveis.

"Embora a perda de visão afete mais a faixa etária acima dos 50 anos, ela pode ocorrer em pessoas de todas as idades por causas diversas. Algumas doenças raras da visão têm causa genética. Os efeitos da perda da visão impactam em todos os aspectos da vida, como atividades diárias, interação com a comunidade, estudos, oportunidades de trabalho e a capacidade de acessar serviços públicos", explica a vice-presidente da Retina Brasil, Maria Antonieta Leopoldi.

Segundo ela, ações como o Dia Mundial da Visão dão visibilidade ao tema, chamando a atenção da sociedade em geral para o necessário cuidado com a visão e a urgência de buscar um diagnóstico precoce, já que muitos problemas visuais podem ser tratados se diagnosticados a tempo, evitando complicações. "Para isso, além de ter hábitos saudáveis, é fundamental consultar periodicamente um médico oftalmologista. A Retina Brasil destaca a importância da consulta de rotina com esse especialista em todas as idades, e ainda mais para as pessoas acima de 50 anos e para quem tem Diabetes. A Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI) e a Retinopatia Diabética, por exemplo, são doenças graves que podem levar a perda irreversível da visão e que diagnosticadas precocemente podem ser tratadas", alerta Maria Antonieta.

Membro do comitê científico da Retina Brasil, a Profa. Dra. Juliana Sallum, da UNIFESP, reforça que a consulta com o oftalmologista deve ir além do exame para aferir a necessidade de uso de óculos. "Seus olhos conectam você com o mundo! Consultar um oftalmologista é necessário, pois muitas doenças oculares são tratáveis se identificadas a tempo", completa.

Sobre as Doenças da Retina:

São doenças comuns da retina a Degeneração Relacionada à Idade (DMRI) e as Doenças da retina ligadas ao Diabetes (Retinopatia Diabética e Edema Macular Diabético). Já as doenças hereditárias da retina são um conjunto de patologias raras, que resultam de mutações em cerca de 300 genes, que afetam o funcionamento normal da retina e provocam a degeneração progressiva das células responsáveis pela visão. Crianças com essas doenças podem nascer com baixa visão ou desenvolver, ainda na infância, dificuldades em ambientes escuros, dificuldade de leitura; elas esbarram em objetos fora do seu campo restrito de visão e se acidentam constantemente. Algumas doenças, como a retinose pigmentar, geram visão tubular, dificuldade com a visão noturna e visão de cores. Outras, como a doença de stargardt levam à perda da visão central, responsável pela leitura. Por vezes, os problemas com a retina se combinam a outras perdas como a audição, no caso da Síndrome de Usher (que acomete a retina e a cóclea).

Sobre a Retina Brasil:

A Associação Retina Brasil é uma organização não governamental, formada para apoiar e informar pessoas com doenças da retina e seus familiares. Ela acolhe pessoas com as doenças da retina mais comuns, como a Retinopatia Diabética e a Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI), até as que têm doenças genéticas mais raras, como Retinose Pigmentar, Doença de Stargardt, Síndrome de Usher, Coroideremia, Acromatopsia e outras. Constituída em 2002, a Retina Brasil alcança, hoje, cerca de 7.000 pessoas, organizadas em 13 grupos regionais. Sua missão é informar aqueles que são afetados por doenças da retina sobre os aspectos clínicos, sobre os tratamentos existentes e os que estão a caminho e sobre os recursos de apoio à baixa visão. Além disso, a associação atua em defesa dos direitos das pessoas com dificuldades da visão para que tenham acesso ao teste genético, ao tratamento adequado das doenças da retina passíveis de medicação e para que tenham melhor qualidade de vida.

A Retina Brasil e seus grupos regionais espalhados por todo o país mantêm o intercâmbio com a classe médica, com universidades, pesquisadores e com a rede pública hospitalar, atuando sempre em parceria e buscando ampliar o conhecimento dos pacientes e da sociedade.

Mais informações no site: www.retinabrasil.org.br .

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Fonte: assessoria de comunicação do Retina Brasil