A tecnologia tem se mostrado uma grande aliada no que diz respeito a tratamentos para recuperar a visão integral ou parcialmente. E é o caso de um recente estudo feito pela Universidade de Newcastle, no Reino Unido. Uma terapia genética que usa pulsos de luz para controlar a atividade das células nervosas devolveu a um homem de 58 anos a capacidade de reconhecer figuras. Na ocasião, o homem, que perdeu a visão por conta de uma retinite pigmentosa (doença ocular em que a parede posterior do olho encontra-se danificada) precisou usar um par de óculos estimulantes de luz.
A nova técnica visa restaurar a função visual nos estágios finais da doença, por meio da injeção de um vírus inofensivo modificado para transportar as instruções genéticas para a produção de uma proteína que responde à luz. Essas instruções são inseridas em células específicas do olho, chamadas ganglionares, e contornam as células danificadas, permitindo que a informação visual seja transmitida ao cérebro quando as células modificadas são expostas à luz.
A luz é fornecida ao olho do paciente por meio de óculos que capturam imagens de tudo ao seu redor e pulsam no comprimento de onda específico ao qual a proteína da terapia genética responde em tempo real, permitindo que o paciente veja.
O avanço marca um passo importante para a optogenética. O estudo, que pode ser acessado gratuitamente, descreve o primeiro paciente a receber esse tratamento. No entanto, outros dois pacientes também já fizeram esse tratamento no Reino Unido.
Fonte: Portal Canaltech