23 de Abr de 2024

Febre entre as celebridades, o resultado promete alongar o olhar

Olhos de raposa: procedimento estético demanda atenção e cuidado

Entre os diversos procedimentos estéticos em alta no momento, o chamado ‘olhos de raposa’ virou febre entre artistas, celebridades e influenciadores do mundo digital. E não é só coisa da internet: seja pela alta procura, ou por envolver uma área sensível do corpo, o procedimento cirúrgico tem chamado atenção de profissionais da estética e de outras habilitações médicas. Para entender, a técnica envolve procedimentos que dão à região dos olhos o efeito mais alongado. São cirurgias que ‘sobem’ o final do supercílio, e dão ao rosto um aspecto similar ao do animal, como explica a oftalmologista Dra. Nara Biezus. “Essa tendência começou depois de modelos famosas terem se submetido ao procedimento e surgirem com uma aparência considerada mais sexy e atraente”, conta a médica. Ela comenta que existe mais de uma forma de promover ao rosto essa aparência. “Hoje o resultado é obtido com técnicas minimamente invasivas, ou associação de mais de uma técnica, como toxina botulínica, preenchedores, fios de sustentação e tecnologias para estímulo de colágeno e contração dos tecidos locais”. E, também, há procedimentos cirúrgicos com resultado definitivo.

Técnica envolve procedimentos que dão à região dos olhos o efeito mais alongado — Foto: Gettyimages

Técnica envolve procedimentos que dão à região dos olhos o efeito mais alongado

Por serem procedimentos invasivos, o profissional deve avaliar com cuidado qual técnica será utilizada. Em alguns casos, é possível conseguir este efeito em um paciente jovem apenas com toxina. Já em outros casos pode ser necessária a associação de técnicas e procedimentos. A oftalmologista reforça, em primeiro lugar, a importância de buscar profissionais com experiência específica na área. “Temos casos descritos de cegueira por complicações do uso de preenchedores nesta região da face. Podemos ter comprometimentos funcionais e sequelas, muitas vezes de difícil resolução”, completa.

Limites para as mudanças estéticas

Uma pesquisa divulgada pela Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS) aponta que, em 2018, o Brasil registrou a realização de mais de 1 milhão de cirurgias plásticas, além de 969 mil procedimentos estéticos não cirúrgicos. Estes números fazem com que o país se torne o primeiro colocado entre as nações que mais realizam procedimentos estéticos no mundo. Para a Dra. Nara, é importante que cada pessoa reflita sobre quais são os limites da busca incessante por padrões estéticos. Além de possíveis resultados indesejados, é preciso saber se há mesmo necessidade de intervenção e a motivação que levou a paciente em fazer a mudança. “Existe um risco muito grande de cometer exageros, com perda da naturalidade e efeitos de ‘desconforto estético’, uma sensação de esquisito”, conclui. A médica reforça, ainda, que existem contraindicações para o procedimento. “Em relação aos procedimentos minimamente invasivos, que estão em alta, as principais contraindicações são:

  • Gravidez;
  • Infecções ativas;
  • Doenças auto imunes em atividade;
  • Distúrbios de coagulação;
  • Uso de isotretinoina (medicamento para tratar acne).

Por isso, cada caso deve passar pela avaliação de um profissional da área.

 

 

 

 

Fonte: Portal G1