Uma doença ocular séria e progressiva, o glaucoma lesa o nervo óptico e, se deixada sem tratamento, pode levar fatalmente à cegueira. A advertência da especialista em oftalmologia, Dra. Míriam Martins Magalhães que lembra o melhor remédio ainda é a prevenção – fato que algumas pessoas ainda deixam de fazer, porque não acreditam ou pensam que este problema pode acontecer com elas.
Segundo a especialista, o glaucoma é uma designação genérica para muitas doenças, geralmente distinguida por um aumento da pressão intra-ocular causada pelo desequilíbrio entre a produção e drenagem do humor aquoso. Geralmente há uma drenagem diminuída do humor aquoso através da pupila, malha trabecular ou ainda pelo canal de Schlemm.
O glaucoma representa um dos problemas mais significativos no campo da saúde pública e afeta mais comumente pessoas acima de 40 anos de idade e incide mais frequentemente em mulheres do que em homens. As pessoas com ancestrais africanos ou com diabetes, pressão arterial aumentada, miopia severa ou história familiar de glaucoma também têm um risco maior de desenvolver a doença.
Tipos
Existem vários tipos de glaucomas. São eles: o glaucoma primário de angulo aberto, primário de ângulo fechado, secundários e congênitos.
O glaucoma primário de angulo aberto, segundo a especialista ,não tem sintomas no estágio inicial e a lesão do campo visual se desenvolve devagar e progressivamente por muitos anos. Neste caso, a necessidade de se fazer a visita ao oftalmologista torna–se imprescindível. Durante a consulta, o oftalmologista faz a tonometria, que é a medida da pressão intracular e outros exames complementares se necessários.
Já o glaucoma primário de angulo fechado é quando aconece a obstrução do fluxo do aquoso que se deve ao fechamento do angulo pela íris periférica, que se não for tratado poderá levar a cegueira. Se produz em olhos com predisposição anatômica ou fisiológicos.
Os sintomas incluem baixas de visão, que é a dor forte periocular, a congestão do olho, nos casos mais severos podem produzir náuseas e vômitos. O paciente ao sentir este tipo de sintoma deve procurar um serviço de urgência oftalmológico para tentar reverter a visão.
No caso dos glaucomas secundários normalmente, eles estão associados a complicações de doenças pré- existentes como a hipertensão, diabetes, formação ocular, cataratas hiper-maduras e o uso de colírios de cortícoide indevidos.
Com relação ao glaucoma congênito, a especialista explica que ele constitui um grupo de diversos transtornos hereditários, no qual existe uma anomalia ocular no nascimento, responsável pelo aumento da pressão ocular.
Normalmente os sintomas são os olhos grandes (buftalmo) córnea embaçada, lacrimejamento, fotobia - intolerância a luz. Neste caso, o diagnóstico dever ser feito logo ao nascimento, pois este tipo leva a cegueira, adverte.
A especialista ratifica que o glaucoma é uma doença que leva a cegueira total, se não tratada, a profilaxia para tal seria a prevenção da doença.
Visitar seu oftalmologista, pelo menos uma vez ao ano para que sua pressão ocular seja medida, além disso, os que possuem fatores de risco como hipertensão, diabetes e glaucoma na família, devem fazer check-ups de seis em seis meses para verificação da curva diária de pressão do campo visual e gonoscopia.