25 de Abr de 2024

No Brasil, pelos menos 50% dos idosos têm o problema

Dados da Academia Americana de Oftalmologia revelam que 17% da população acima dos 40 anos sofre de catarata nos Estados Unidos. A incidência da doença salta para 90% depois dos 70 anos. No Brasil, pelo menos metade dos idosos sofre da doença, a qual a lente do cristalino vai ficando opaca e esbranquiçada, reduzindo a visão da pessoa. Apesar de simples, a cirurgia de catarata não costuma desobrigar o paciente ao uso de óculos.

Segundo o médico Renato Neves, as lentes tóricas, nesses casos, depois dos pós-operatório, são bons recursos para o paciente enxergar ainda melhor. "A cirurgia de catarata é apenas parte da conquista para se enxergar melhor, principalmente no caso dos pacientes com astigmatismo. Até recentemente, depois da cirurgia a pessoa ainda teria de conviver com seus óculos. Além de não favorecer muito do ponto de vista estético, os óculos representam um custo alto para quem tem de trocar pelo menos de dois em dois anos", explica.

De acordo com o oftalmologista, as lentes tóricas, que são intraoculares, não somente recuperam a translucidez do cristalino, como corrigem o astigmatismo, permitindo que o paciente volte a enxergar como quando tinha 20 anos, tendo tudo em foco. Segundo ele, 98% dos pacientes também são dispensados do uso de óculos para perto ou para longe.

A catarata avança aos poucos


O portador pode sofrer alterações na visão durante meses ou anos sem se dar conta da gravidade do problema. Pessoas com mais de 40 anos, então, devem fazer exames de fundo de olho anualmente.

"O fator hereditariedade é bastante presente no diagnóstico de catarata. Entretanto, a doença vem aumentando a passos largos entre os que fazem uso de determinados medicamentos, como cortisona e esteróides, ou ainda entre pessoas que se expõem demasiadamente ao sol, ingerem muito sal na alimentação, fumam e consomem muito álcool", diz o médico.

Na fase inicial da doença, o paciente nota maior facilidade para enxergar de perto, que progride para uma maior sensibilidade à luz e, principalmente, aos reflexos e brilhos à noite, visão embaçada, sensação de que as cores estão desbotadas e mudanças na cor da pupila. Em estágio mais avançado a pessoa já não se sente mais capaz de realizar tarefas simples, como ler ou dirigir.


Fonte: Bem-estar