25 de Abr de 2024

Crianca brincando 450

As férias chegaram e, com isso, muitas crianças passam mais tempo em casa. Para que esse período seja apenas de diversão, é muito importante ter alguns cuidados e a certeza que o ambiente está seguro e adequado para a garotada. Afinal, de acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, a maior parte dos acidentes com crianças acontece no próprio lar. Introdução de objetos pontiagudos nos olhos, arranhões de animais domésticos e queimadura por produtos químicos são alguns dos riscos que podem causar traumas oculares em crianças.

Veja cuidados para prevenir acidentes capazes de causar traumas oculares:

  • Deixar o cabo da panela virado para dentro do fogão, evitando o fácil acesso de crianças e, consequentemente, de queimaduras térmicas oculares;
  • Manter produtos de limpeza, perfumes, tintas e outras substâncias químicas longe do alcance das crianças;
  • Não presentear as crianças com brinquedos ou objetos pontiagudos: estilingues, canivetes ou acessórios com pontas. Essa medida reduz o risco de perfuração ocular;
  • Antes de comprar uma planta nova, verifique se ela não é venenosa e apresenta perigo para os pequenos em caso de ingestão ou contato com os olhos;
  • As crianças devem ser orientadas a tomar cuidado com aves e animais domésticos, que podem bicar, arranhar e morder;
  • Sempre que possível, supervisionar as crianças durante os jogos e brincadeiras. Ensinar as crianças a brincar e jogar com segurança, e ainda a ter consciência da possibilidade de lesões oculares;
  • As crianças devem ser orientadas a não coçar os olhos repetidamente, pois coçar muito pode facilitar o aparecimento de infecções e do ceratocone, doença degenerativa da córnea. Isso causa um astigmatismo irregular, levando a graves dificuldades de visão, sem cura;
  • Em casa ou na escola, os responsáveis devem ficar atentos a objetos pontiagudos, como lápis e tesoura, mesmo sem pontas, pois têm grande potencial de acidentes.

Cuidados com os olhos

Dados da Organização Mundial de Saúde mostram que cerca de 55 milhões de traumas oculares ocorrem a cada ano e restringem as atividades dos pacientes por mais de um dia. Cerca de 40% desses casos ocorrem na infância, sendo a maioria deles registrados em meninos. “De acordo com a literatura mundial sobre o tema, a maioria dos acidentes ocorre dentro de casa. A conscientização dos pais e a supervisão do adulto são as medidas mais importantes para evitar a exposição de crianças a objetos, produtos e situações que possam representar algum problema à saúde”, afirma o oftalmologista Dr. Alan Barreira.

A maior parte dos traumas oculares acontecem com crianças entre 2 a 6 anos, consequência do sistema motor ainda em desenvolvimento, do senso de risco limitado e da curiosidade infantil natural mais aparente nessa faixa etária, de acordo com o oftalmologista. Por outro lado, as lesões com maior perda visual são mais frequentemente relatadas após os 6 anos de idade. A abrasão corneana causada por madeira, pedra, bola, chave, lápis e caneta é a causa de trauma ocular mais comum na infância, segundo estudos publicados no País.

Conforme observa o especialista, as implicações dos traumas oculares vão desde dor e olho vermelho por uma abrasão corneana, até a formação de úlcera de córnea, catarata e a necessidade de evisceração do globo ocular, ou seja, a extração do conteúdo do globo ocular (íris, humor vítreo), em casos de perfuração do olho, o que demonstra a importância da prevenção.

O que fazer em caso de acidente?

 Após um acidente ocular, de acordo com o oftalmologista, a primeira e mais importante medida de socorro é lavar os olhos com água limpa em abundância. A única exceção ao procedimento é quando há perfuração ocular: nesse caso, deve-se ir imediatamente ao pronto-socorro mais próximo. Evite a compressão do globo ocular até a avaliação da lesão provocada pelo acidente. Por isso, é recomendável levar a criança para ser avaliada por um oftalmologista que possui os equipamentos e os recursos necessários para um adequado exame dos olhos em casos de emergência.

 

 

 

 

 

Fonte: assessoria de comunicação do Grupo Opty