Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a catarata é responsável por 47,8% dos casos de cegueira no mundo. A causa mais comum é o envelhecimento acentudado do cristalino, lente natural do olho, que focaliza as imagens, que ocorre, em média, após os 60 anos. Mas a doença pode aparecer em qualquer idade e, por isso, é importante ficar atento aos sintomas.
“A pessoa com catarata tem uma piora gradual da visão, que muitas vezes é confundida simplesmente com a necessidade de mudar os óculos. Ela passa a ver as coisas com menos nitidez tanto para longe como também para perto”, explica o oftalmologista Dr. Hallim Féres Neto.
Fatores de risco
Além da idade avançada, existem outros fatores de risco que aumentam as chances do diagnóstico de catarata. Entre eles, está o tabagismo, consumo de álcool, exposição excessiva à luz do sol, diabetes e até o uso contínuo de alguns medicamentos, como corticóides.
“A catarata causa piora progressiva na visão, alterações do grau e problemas na definição de contraste e cores. Nos casos mais graves, pode levar à cegueira”, alerta o especialista.
Diagnóstico e tratamento
Para evitar que a doença progrida, é importante identificá-la o quanto antes. O diagnóstico é realizado por meio de um exame oftalmológico, onde verifica-se a visão e a transparência do cristalino (essa lente vai aos poucos impedindo a imagem de entrar no olho). Nos casos mais graves – quando a catarata provoca perda de visão -, contudo, é possível reverter a cegueira por meio de uma cirurgia, como explica o Dr. Hallim:
“A cirurgia é muito segura, com a remoção do cristalino e sua troca por uma lente acrílica artificial, em um procedimento que se chama facoemulsificação. Nessa troca, podemos inclusive escolher uma nova lente que compense as dificuldades de grau que o paciente tinha antes (miopia ou astigmatismo, por exemplo), permitindo, em alguns casos, que ele possa largar os óculos”, conclui o médico.
Fonte: Portal dos Olhos