23 de Abr de 2024
Nesse período, as pessoas costumam ficar em ambientes fechados, o que facilita a contaminação

O inverno, a estação mais fria do ano, é um dos períodos em que as pessoas geralmente permanecem em ambientes fechados e com pouca ventilação, o que favorece a contaminação por algumas doenças virais. A conjuntivite pode ser um exemplo e aparece principalmente quando baixa a imunidade do organismo. “A aproximidade com outras pessoas e a maior quantidade de componentes no ar causam mais sensibilidade nos olhos, o que facilita a transmissão da conjuntivite”, explica o oftalmologista Marco Canto.

A transmissão da conjuntivite viral pode ocorrer pelo contato direto ou pelo ar, sendo pelas mãos, por toalhas, cosméticos, uso prolongado de lentes de contato, poluição do ar, fumaça de cigarro e outras substâncias. As pessoas com o sistema imunológico mais comprometido também podem ser mais suscetíveis à doença: como usuários de medicações ou drogas, idosos ou portadoras de alguma doença. Por isso, o médico enfatiza a importância da prevenção. “Para evitar a conjuntivite é necessário manter a higiene, lavar sempre as mãos, evitar ambientes poluídos ou fechados e não coçar os olhos”, ensina.

Conjuntivite bacteriana X conjuntivite viral

A doença é uma inflamação da conjuntiva, uma membrana que reveste a parte branca do olho e a superfície interna das pálpebras. Segundo o médico, a doença pode ser causada por vírus ou bactérias. “Na conjuntivite bacteriana, o comprometimento é mais externo e os olhos ficam vermelhos, congestionados, com secreção purulenta (aspecto amarelado, grosso) que gruda nos cílios, sem lesões corneanas em geral”, esclarece Canto.

Já na conjuntivite viral, a infecção atinge internamente o tecido conjuntival e a córnea. “Esse tipo de conjuntivite lesiona a célula, o que é muito mais grave, pois deixa mais sequelas e o tratamento leva muito
mais tempo”, acrescenta.

Quando a doença se manifesta nas crianças, os pais devem ficar ainda mais atentos, afinal a doença causa bastante irritação. “Geralmente, o maior problema é mesmo o incômodo. Entretanto, a doença pode alterar temporariamente a visão, ou seja, prejudicar a qualidade da visão do paciente”, alerta o oftalmologista.


Fonte: JorNow