19 de Abr de 2024

A vermelhidão que às vezes aparece nos olhos pode apresentar diversas causas. Veja quais são e observe as importantes recomendações dos oftalmologistas:

O aparecimento de hiperemia (vermelhidão) nos olhos, seja ela acompanhada ou não de outros sintomas, implica exame oftalmológico. Muitas vezes, esquecemos a importância de uma avaliação especializada e recorremos à medicação (colírio) que alguém já usou ou até fazemos pior, por orientação de pessoas não habilitadas. E é justamente, nesse momento, que podemos estar perdendo tempo precioso no início do tratamento adequado e prevenção de sequelas irreversíveis.

As causas de hiperemia ocular são inúmeras e vão desde uma simples irritação química (como a fumaça, por exemplo) a graves infecções intra-oculares que exigem providências imediatas.

Diante da diversidade de tipos de irritação é fácil supor que o tratamento tem que ser específico para cada caso.

Basicamente, podemos citar que a congestão ou vermelhidão das pálpebras, conjuntiva ou esclera podem ser causadas por uma reação inflamatória aguda, infecções, traumas, alergia, ressecamento, glaucoma agudo ou mesmo uma hemorragia subconjuntival.

As tão populares conjuntivites podem ser alérgicas ou causadas por agentes microbianos, bacterianos, virais, fúngicos, por clamídia ou parasitas e devem ser tratadas após a identificação do agente. Patologias da córnea como ceratites, corpos estranhos , escoriações e úlceras também são causas frequentes de hiperemia ocular e podem levar a lesões graves se não forem tratadas. Inflamações ou infecções do trato uveal (camada vascular interna dos olhos) podem levar a permanentes déficits visuais. Podem acometer apenas o segmento anterior do olho, quando são chamadas uveíte anterior, que pode ser aguda ou crônica recorrente. A uveíte anterior é uma afecção que frequentemente é confundida com conjuntivite e tratada erroneamente.

Quando o acometimento envolve a coróide e/ou retina, trata-se de uma uveíte posterior, podendo atingir áreas importantes, como a mácula e o nervo óptico, levando a perdas irreversíveis da visão. O glaucoma agudo produz dor, hiperemia e visão turva. Nesses casos, é mais fácil a procura pelo oftalmologista devido à dor intensa. O glaucoma agudo requer tratamento de emergência para evitar danos permanentes do nervo óptico, causados pelas pressões intra-oculares excepcionalmente altas que ocorrem nesses casos.

As pálpebras e o aparelho lacrimal também podem ser causa de olho vermelho, como por exemplo, nas blefaro-conjuntivites e dacriocistites, porém, nesses casos, chama mais a atenção a hiperemia e edema (inchaço) as pálpebras.

Nessa pequena viagem pelos caminhos dos olhos, queremos alertar para os perigos da auto-medicação como também lembrar que nunca se deve subestimar os sintomas antes de procurar seu oftalmologista. Assim, você pode prevenir futuros problemas e sequelas.