20 de ago de 2025

transplante cornea1

O transplante de células-tronco da córnea, também chamado de transplante de Limbo é um procedimento indicado para restabelecer a visão, principalmente nos casos de queimadura ocular química por cal ou produto ácido e de limpeza, ou térmica e outras doenças que afetam o olho, como a Síndrome de Stevens-Johnson, Penfigóide ocular cicatricial, Aniridía congênita, Pterígio e o uso crônico ou frequente de lentes de contato.

Células-tronco são células capazes de se diferenciar em variados tecidos. Hoje acreditamos que a pesquisa com células-tronco pode resultar em novas opções de tratamento para doenças neurológicas, degenerativas, oculares, etc. O transplante de medula óssea, por exemplo, é um tratamento comprovado que utiliza células-tronco para repopular a medula de pacientes no tratamento de câncer ou doenças degenerativas.

Apesar do grande investimento e de muitas publicações científicas sobre o assunto, ainda não existem muitos tratamentos que utilizam células-tronco e tenham eficácia garantida em diversas doenças. O potencial uso de células-tronco é eficaz no tratamento de algumas doenças da córnea. Porém ainda não temos evidências de eficácia no tratamento da retinose pigmentar, casos de cicatriz de retina (como na toxoplasmose ocular) e casos avançados de Glaucoma, doença da mácula ou retinopatia diabética.

Segundo o Dr. Gustavo Bonfadini, neste procedimento implantamos células-tronco sadias do olho não afetado (doenças unilaterais), e nos casos bilaterais podemos retirar este tecido de um olho doador de um parente ou de um cadáver.

A melhor opção é que as células venham do próprio paciente, porém se não for possível, o doador vivo mais adequado é escolhido através de um exame de sangue (Compatibilidade HLA e ABO) entre os irmãos, pais ou filhos do paciente afetado. O limbo, local onde estão as células tronco, que é retirado do olho doador sadio não prejudica o doador pois a quantidade retirada é pequena. Nos casos de doador cadáver é necessário utilizar medicamentos imunossupressores via oral para evitar a rejeição. Quando se consegue um bom pareamento HLA pode-se evitar a imunossupressão.

Trata-se de um procedimento cirúrgico realizado com anestesia local. Algumas vezes um futuro transplante de córnea é necessário para reabilitar a visão.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: IORJ