Muitas pessoas possuem problemas de visão que podem ser resolvidos por meio da cirurgia refrativa. Porém, nem todas podem fazer este procedimento, também conhecido como cirurgia a laser. "O limite máximo de grau a ser corrigido dependerá principalmente da espessura e curvatura corneana. Em geral, pode-se corrigir até 10 graus de miopia, 5 graus de hipermetropia e 5 graus de astigmatismo”, avalia o oftalmologista Dr. Marco Canto.
Quem tem doenças oculares, principalmente as que atingem a córnea, como o ceratocone não pode fazer estas cirurgias a laser, e também é necessário ter idade superior a 18 anos e estabilidade no grau do óculos ou lentes de contato. O procedimento pode ser realizado por três diferentes técnicas: LASIK, PRK e LASEK. A escolha da técnica é decidida na consulta médica pré-operatória, após a realização dos exames necessários.
O LASIK (Laser-Assisted in Situ Keratomileusus) é uma das técnicas mais utilizadas para a correção das ametropiasesferocilíndricas com laser. Devido a sua segurança, é considerada uma revolução na oftalmologia moderna. Seu efeito é conseguido por meio do molde da superfície anterior da córnea. Nesta cirurgia, um oftalmologista treinado utiliza um raio laser extremamente preciso para remodelar a córnea. Com este procedimento pode-se corrigir a miopia, a hipermetropia e o astigmatismo.
A PRK (Photorefractive Keratectomy) é utilizada para corrigir pequenos graus de miopia ou astigmatismo. Nesta técnica, o cirurgião programa o laser para vaporizar camadas superficiais de tecido corneano. Com a mudança da curvatura da córnea, os problemas de foco são reduzidos ou eliminados.
O LASEK (Laser-Assisted Sub-Epithelial Keratectomy) é muito semelhante ao PRK. A diferença é que no LASEK o epitélio da córnea é removido sob a forma circular após o contato de um pequeno disco embebido com álcool. O Excimer Laser é então aplicado diretamente sobre a córnea e, em seguida o disco epitelial é reposicionado sobre o leito onde foi aplicado o laser. Nessa técnica o desconforto pós-operatório é menor que no PRK.
Estas cirurgias são rápidas e o paciente não permanece mais do que 20 minutos no centro cirúrgico. “São utilizados colírios anestésicos e o paciente pode sentir uma pressão durante o procedimento, mas sem nenhuma dor”, comenta o médico. Após a cirurgia, os olhos podem ficar sensíveis à luz por poucos dias, irritados ou pode ocorrer lacrimejamento. Também é comum a sensação de olho seco e um leve ardor. “Para aliviar esses sintomas é prescrito um colírio e, conforme a técnica utilizada, também poderá ser necessário anti-inflamatórios ou analgésicos por alguns dias”, explica Dr. Marco Canto.
Cerca de 98% dos pacientes sentem-se aptos a exercer atividades normais no dia seguinte à cirurgia. “Muitos deles já percebem uma melhora significativa na visão algumas horas depois da cirurgia”, acrescenta o médico. Embora seja possível assistir televisão, ler e usar computador até no mesmo dia da cirurgia, e praticar atividades físicas sem contato, como academia, no dia seguinte, é necessário tomar alguns cuidados. “Os três dias que sucedem a cirurgia são os que necessitam de mais atenção. O paciente deve evitar o contato com os olhos, como esfregá-los, para impedir eventuais traumatismos. Atividades esportivas com contato, como futebol, e o uso de piscina devem ser evitados por um mês após a cirurgia”, conclui Dr. Marco Canto.
Fonte: Portal Vejam