08 de Mai de 2024
Quem conhece alguém que pisca sem parar, sem controle sobre o movimento das pálpebras, sabe como é perturbadora a situação. O "blefaroespasmo", um tipo de distonia facial, atinge mais mulheres do que homens e costuma ocorrer depois dos 50 anos.

De acordo com o oftalmologista Renato Neves, a movimentação involuntária da pálpebra pode ter origem em outras doenças, que não as presentes na oftalmologia, como a esclerose múltipla.
 
Mas, a maioria dos casos costuma ocorrer em razão de exposição excessiva à luz, fadiga e tensão emocional. Até mesmo o uso excessivo do computador pode ser associado às causas do distúrbio.
 
"O problema geralmente acomete apenas um olho, embora os dois reajam da mesma forma e pisquem ao mesmo tempo. Os espasmos costumam desaparecer durante o sono e diminuem quando a pessoa está emocionalmente mais equilibrada. Se o paciente não buscar ajuda, o piscar involuntário pode se intensificar de tal modo que acaba levando à perda de visão funcional", diz o médico.
 
Neves afirma que a toxina botulínica vem sendo empregada com sucesso em pacientes que sofrem de blefaroespasmo. "A substância bloqueia os impulsos nervosos, agindo diretamente nos músculos responsáveis pela contração das pálpebras. São injetadas pequenas doses de toxina botulínica em diversos locais da musculatura periorbital (pálpebra superior, inferior e supercílios). Seus efeitos podem ser percebidos em cerca de dez dias e duram, em média, quatro meses. Em mais de 90% dos casos o tratamento é bem-sucedido".
 
O oftalmologista diz, ainda, que é comum haver necessidade de o paciente receber acompanhamento psicológico ou  adotar tratamentos paralelos, como técnicas de relaxamento, ioga e caminhadas.






Fonte: Assessproa de Comunicação Eye Care