26 de nov de 2024

A região do corpo mais valorizada quando o assunto é rejuvenescimento ganha atenção especial da medicina. A cirurgia plástica ocular entra em cena para remover pés-de-galinha e rugas sem comprometer o que é mais importante: a sua própria visão. A região dos olhos está entre as principais preocupações das mulheres quando o assunto é rejuvenescimento. Não é para menos. Essa área, por conta da pele muito fina da pálpebra e da menor quantidade de gordura entre os músculos, é a primeira a apresentar sinais de envelhecimento como rugas, pés-de-galinha e marcas de expressão. Tanto é que nos últimos anos a indústria de cosméticos se concentrou em novos produtos específicos para essa parte do corpo.Para se ter uma idéia, recentemente, foi lançado o primeiro protetor solar exclusivo para a região das pálpebras. Ao mesmo tempo, a medicina voltada para a estética dos olhos também está se aprimorando. E ganhou uma especialidade exclusiva para a beleza e o bem-estar dessa região.

A cirurgia plástica ocular uniu dermatologia e cirurgia plástica sem esquecer um dos mais importantes aspectos dos cuidados com os olhos: manter intacta também a visão do paciente. “Olho caído ou olhos que não fecham durante a noite atinge 30% dos pacientes que aplicam Botox regularmente.” Segundo o oftalmologista André Borba, coordenador do Ambulatório de Cirurgia Plástica Ocular, Órbita e Vias Lacrimais do Hospital das Clínicas de São Paulo, os avanços estéticos são inegáveis. Cremes com substâncias que pretendem reverter o processo de envelhecimento e peelings podem fazer maravilhas pelos seus olhos. A aplicação de Botox é outra forma de garantir um olhar jovial por mais tempo. “Mas é preciso cuidado para evitar o aspecto artificial e problemas estruturais. Quem exagera, por exemplo, pode ficar com o olho caído ou ter problemas de olho seco, que não fecha direito durante a noite. Para se ter uma idéia, isso atinge até 30% dos pacientes que aplicam Botox regularmente”, alerta Borba. É pensando também no resultado estético e funcional que o cirurgião plástico ocular poderá indicar a operação de correção das pálpebras caídas (Blefaroplastia). 

O excesso de pele, além de comprometer a estética, causa diminuição no campo visual e incômodo na pálpebra. “Hoje, trabalhamos a idéia de que é preciso preservar a simetria dos olhos e não simplesmente esticar a pele. É ela que vai garantir a sensação de rejuvenescimento”, explica. O especialista lembra que antes de fazer uma cirurgia plástica é necessário um exame detalhado de visão. “Muitos pacientes já têm problema de visão sem saber que pode ser agravado pelo procedimento estético se o especialista não levar isso em conta”, alerta Borba, que se especializou em Rejuvenescimento Óculo-facial na Universidade da Califórnia (UCLA), em Los Angeles

Por Christianne Valente