Usado de forma inadequada e sem prescrição médica, colírio pode prejudicar gravemente a visão

Desde maio deste ano, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária aprovou nova norma que regulamenta a venda de antibióticos em todo país. A resolução foi publicada no Diário Oficial da União no dia nove de maio e substitui todas as normas anteriores. Continuam mantidas as exigências previstas quanto à apresentação, retenção e escrituração das receitas contendo medicamentos antimicrobianos. Na lista destes medicamentos que necessitam receita médica para a aquisição, estão os colírios que contém em sua formulação o antibiótico como princípio ativo.

"Considerado por muitos um remédio simples e inofensivo, o colírio se usado de forma inadequada e sem prescrição médica pode trazer grandes riscos a saúde ocular, e em alguns casos até complicações em outros órgãos", afirma o oftalmologista Gladston Pereira Paiva.

Com a chegada do inverno e com o tempo seco é comum as pessoas fazerem uso da automedicação nos olhos. O ar seco pode diminuir as lágrimas e prejudicar a lubrificação dos olhos. E justamente no inverno, período que a umidade do ar está abaixo do normal e o clima seco intensificam a poluição, aumentando os casos de infecção, que as pessoas mais fazem uso do colírio para limpar os olhos.

Embora os colírios sejam uma boa opção de tratamento para manter a umidade da superfície, é necessário cuidado com o uso indiscriminado do medicamento. “Muitos pensam que o colírio é um simples remédio, inofensivo muitas vezes, mas esquecem que é uma medicação, e como tal, não pode ser usado sem a
prescrição devida. O colírio é um produto farmacêutico que pode, por exemplo, desencadear crises asmáticas", enfatiza Dr. Gladston. O oftalmologista aponta para o cuidado do uso durante a gravidez, especialmente, nos primeiros meses. Embora não haja restrições em relação à idade, sempre que possível é importante consultar um especialista.

Além disso, o costume de pingar colírios nos olhos sem recomendação médica pode comprometer a visão e causar patologias como: glaucoma, catarata e perfurações corneanas. O paciente é aconselhado a seguir adequadamente a recomendação médica, pois o colírio pode, quando usado indiscriminadamente, gerar toxicidade ou alergia nos olhos devido os componentes presentes em sua fórmula. “O colírio pode ser encontrado facilmente em farmácias e na maioria das vezes vendido sem prescrição médica. Isso, não ajuda o paciente, muito pelo contrário, pode prejudicar ainda mais a saúde”, finaliza o médico.

Tipos de colírio


Os colírios são suspensões ou soluções de medicamentos especialmente diluídas, tendo como um dos seus principais objetivos, o tratamento de afecções oculares, e não costumam alterar a fisiologia natural dos olhos, pálpebras, conjuntiva e lágrima. Existem diversos tipos de colírio e variam de acordo com sua finalidade. São eles:

- Colírios antibióticos: servem para o tratamento de infecções bacterianas e fúngicas;

- Colírios com medicações retrovirais: servem para infecções virais;

- Colírios antiglaucomatosos: para tratamento do glaucoma;

- Colírios antiinflamatórios: para os casos de problemas não infecciosos e inflamatórios.






Fonte: JorNow