Com os dias frios e a baixa umidade do ar, os oftalmologistas alertam para o crescimento no número de casos de Síndrome do Olho Seco, doença crônica que afeta 10 % da população e é causada pela queda da quantidade ou da qualidade da lágrima.

As consequências são inflamações, cicatrizes ou afinamentos na córnea. Os principais sintomas do Olho Seco são: sensação de areia nos olhos, ardor, queimação, irritação, olhos vermelhos, aversão à luz, visão borrada, lacrimejamento e embaçamento.

Segundo o oftalmologista Marcello Colombo Barboza, médico da Santa Casa de São Paulo, esses sintomas são potencializados com o clima seco do inverno, além de outros fatores como ar-condicionado e poluição. "Assim como o excesso de sol pode trazer problemas à visão durante o verão, o inverno também exige certos cuidados com os olhos".

A Síndrome do Olho Seco é geralmente resolvida com a prescrição de lágrimas artificiais. Porém, é necessário passar por um oftalmologista para o diagnóstico com exames simples ou específicos que medem a produção de lágrima. Esta tem a função de transportar oxigênio para a córnea e de manter os olhos lubrificados, nutridos e protegidos contra infecções, pois apresenta em sua composição fatores imunológicos e antiinflamatórios que mantêm a superfície ocular íntegra.

O tratamento deve ser feito especificamente considerando as diversas causas da doença. "A automedicação nunca é recomendada. As pessoas se esquecem de que colírio também é remédio", alerta Colombo Barboza.

A novidade são os colírios em forma de gel, cuja principal vantagem em relação aos líquidos é a maior absorção do conteúdo no interior dos olhos e o maior tempo de persistência na superfície ocular. 










Fonte: A Tribuna