No Dia Nacional da Pessoa com Deficiência Visual (13/12), oftalmologista recomenda medidas para evitar cegueira e baixa visão

Nesta segunda-feira (13), comemora-se o Dia Nacional da Pessoa com Deficiência Visual. Criada em homenagem à Santa Luzia - a santa católica protetora dos olhos - a data completa 60 anos, convocando a sociedade para o fim do preconceito e da discriminação contra pessoas com deficiência visual. “Anualmente, marcamos a data para lembrar sobre a necessidade de garantir acessibilidade, mobilidade e igualdade de condições para esse grupo, que deve ter acesso à saúde ocular e ao exame oftalmológico, medidas fundamentais para evitar os casos de cegueira e baixa visão, no Brasil”, explica o oftalmologista Dr. Gerber Caraciolo, especialista em catarata e cirurgia refrativa.

Segundo o médico, a deficiência visual pode ser definida como a perda total ou parcial da visão, sendo classificada em dois tipos: cegueira e baixa visão. A primeira caracteriza-se pela incapacidade de enxergar ou ter uma visão bastante limitada, com percepção mínima da luz. Quem tem essa condição não consegue ver nada, sendo necessário o uso de outros sentidos para realizar tarefas. Já quem tem baixa visão enxerga, porém, com dificuldade. “São pacientes que não conseguem ver objetos distantes, outros têm um campo visual restrito, e ainda há aqueles com problemas para distinguir determinadas cores ou que apresentam sensibilidade à luz”, esclarece o oftalmologista. São diferentes condições visuais e cada uma deve ser tratada de maneira individual.

Causas

Congênita ou adquirida, a deficiência visual representa uma grande limitação na vida de mais de 6,5 milhões de brasileiros. O censo demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2010 aponta que, desse total, cerca de 530 mil pessoas são cegas e mais de 6 milhões possuem baixa visão ou visão subnormal, estando 2 milhões deles no Nordeste. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as principais causas de cegueira no Brasil são a catarata, o glaucoma, a retinopatia diabética, a degeneração macular e a cegueira infantil.

Pacientes com baixa visão têm alterações na capacidade funcional do sentido. “Isso pode ser decorrente da baixa acuidade visual significativa, da redução importante do campo visual ou mesmo de alterações corticais e sensibilidade aos contrates”, explica Dr. Gerber. Dentre os tipos de baixa visão estão a ambliopia, visão subnormal ou visão residual. “A condição visual de pessoas com baixa visão pode oscilar, de acordo com o seu estado de ânimo, das circunstâncias e das condições de iluminação”, esclarece.

Prevenção

Ainda hoje, são muitos os casos de cegueira precoce que poderiam ser evitados. “Algumas doenças oculares são silenciosas e assintomáticas. Outras se manifestam em estágios avançados. Daí a necessidade de se consultar com o oftalmologista, ao menos uma vez por ano, e realizar exames preventivos e complementares”, recomenda Dr Gerber. Na conversa com o especialista, no exame clínico ou por meio de testes indolores e rápidos é possível identificar patologias ou alterações na visão, permitindo o diagnóstico e tratamento precoces e eficazes de doenças que podem cegar.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: assessoria de comunicação do Instituto de Olhos do Recife - IOR