Mercado aposta na alta da demanda brasileira em todas as classes sociais

A Abióptica, Associação Brasileira da Indústria Óptica, prevê crescimento de 50% do mercado óptico nacional até 2011, graças ao fortalecimento de políticas antipirataria e, também, devido ao aumento de demanda nacional por óculos de correção visual.

Segundo a Abióptica, em 2010 os números do mercado já serão bem superiores em relação ao ano anterior. “A expectativa é que até o final de 2010 o mercado já experimente 20% a mais de crescimento quando comparamos a 2009.

Já para 2011, esse número deve aumentar para 25%”, explica Bento Alcoforado, presidente da Abióptica, enfatizando que a indústria óptica nacional, atualmente, é responsável pela venda de 32 milhões de unidades/ano, além de possuir no mercado 10 mil trabalhadores diretos e 130 mil indiretos.

A Associação também informa que o número de brasileiros usuários de óculos deve aumentar, atrelado a essa onda de crescimento. “Trabalhamos com o número de 40 milhões de brasileiros que sequer têm idéia de que precisariam usar óculos”, explica o presidente.

Uma prova desse crescimento foi o sucesso da Expo Abióptica 2010 – maior evento do setor na América Latina, organizado pela Abióptica -, que movimentou, em valores absolutos, algo em torno de R$ 463 milhões, número 22% maior se comparado a 2009.

Mercado no caminho da Normatização


O mercado óptico nacional conta com um forte aliado nesse caminho de crescimento. Trata-se do ABNT/CB49, Comitê Brasileiro de Óptica e Instrumentos Ópticos, que pretende regulamentar normas técnicas para o setor, propiciando aos fabricantes, importadores e distribuidores do mercado total garantia no momento de avaliar a qualidade de materiais, equipamentos de produção e produtos finais. “Para o mercado, será um verdadeiro manual de qualidade que agregará importante valor aos produtos”, explica a secretária técnica do CB49, Ambra Nobre.

Criada em 2001 e reativada em janeiro de 2010, por iniciativa do próprio setor óptico, a regulamentação, assim que concluída, também beneficiará de forma direta o consumidor, que terá disponível um produto de qualidade que não irá causar nenhum tipo de risco à saúde. “Em muitos casos, o consumidor não se interessa em normas técnicas que validam o produto na hora da compra, o que é um grande engano”, ressalta Bento Alcoforado.

Atualmente, o CB49 possui cinco comissões de estudo: CE lentes, CE lentes de contato, CE armações, CE solares e GT ensaios. Cada uma possui um coordenador e um grupo de trabalho que estuda tecnicamente as normas e analisa a necessidade de elaboração de novas regulamentações.


Fonte: JorNow