Fazer uma avaliação completa com o oftalmologista é fundamental para avaliar a saúde dos olhos e favorece a identificação e o tratamento precoce de doenças que se desenvolvem sem sinais. Para cada fase da vida, há um tipo de avaliação e os exames adequados, que só um oftalmologista pode indicar. Conheça os principais benefícios do check-up oftalmológico e qual a periodicidade mais adequada para cada idade.

Zero a dois anos – Muitas doenças que afetam a visão podem ser prevenidas desde a gestação, com a realização do pré-natal, e após o nascimento da criança, com o teste de reflexo vermelho (TRV, ou teste do olhinho). Um feixe de luz é projetado nos olhos da criança para verificar a presença de alterações, como opacidades do cristalino, um sintoma da catarata congênita, e outras alterações causadas por doenças como glaucoma e descolamentos de retina tardios. O ideal é que ele seja realizado nos primeiros dias de vida, de preferência, ainda na maternidade, ou até os dois anos de idade. Além disso, é importante realizar um mapeamento de retina perto dos 18 meses de idade, para identificar possíveis tumores.

Infância – Como a visão pode levar até dez anos para se desenvolver, o ideal é levar a criança ao oftalmologista todos os anos, dos três aos dez anos de idade. Caso ela apresente algum problema de visão neste período, o médico deverá orientar a melhor periodicidade. A diminuição da capacidade visual mais comum em crianças e que não costuma apresentar sinais aparentes é a ambliopia. Os pais também podem observar se os filhos se aproximam muito os objetos ou da TV para ver, se estão enxergando bem a lousa na escola e se elas se queixam de dor de cabeça, se os olhos lacrimejam ou se eles sentem tontura e enjoo. Esses sinais podem indicar problemas de visão causados por erros de refração: miopia (má visão à distância), hipermetropia (visão próxima ruim) e astigmatismo (visão embaçada ou desfocada, tanto de longe, quanto de perto). O desalinhamento dos olhos causado pelo estrabismo também é outra alteração que pode surgir nessa fase.

Adolescência e vida adulta – A partir dos 13 anos de idade, o adolescente pode apresentar problemas causados por erros de refração ou ceratocone, uma doença progressiva que gera mudanças frequentes no grau dos óculos, sem apresentar melhora satisfatória da visão após a troca. O problema faz com que a córnea fique com um formato parecido com um cone e pode afetar um ou os dois olhos. Caso o jovem tenha alguns desses problemas visuais, deve passar no oftalmologista pelo menos a cada seis meses. Além disso, o olho se desenvolve até os 18 anos e isso pode causar mudanças no grau dos óculos. Após os 18, já é possível fazer cirurgia para corrigir problemas de refração.

A partir dos 40 – Nessa faixa etária, um problema comum é a presbiopia ou vista cansada (dificuldade para enxergar de perto). Quem tem diabetes ou lúpus, também deve procurar uma avaliação do oftalmologista para complementar a avaliação do médico que está tratando a doença de base. A partir desta idade, também passa a ser muito importante verificar periodicamente a pressão ocular e fazer exames de fundo de olho, para prevenção e diagnóstico precoce do glaucoma. Nas mulheres, geralmente entre os 45 e 55 anos, ocorre a menopausa, alterações hormonais que afetam o metabolismo e a lubrificação dos olhos. Este quadro favorece o surgimento de doenças como a síndrome do olho seco e sintomas como vermelhidão, sensação de areia, ardor, coceira nos olhos e maior sensibilidade à luz. Mesmo se a mulher não apresentar nenhum sintoma, é recomendável que ela procure um oftalmologista anualmente a partir dos 40 anos ou ao apresentar qualquer alteração visual.

A partir dos 50 anos – A avaliação oftalmológica nessa fase pode ajudar a diagnosticar precocemente a Degeneração Macular Relacionada à Idade, ou DMRI, a principal causa de cegueira em pessoas com mais de 65 anos, de acordo com o Conselho Brasileiro de Oftalmologia. Com a realização do exame de mapeamento de retina anualmente permite avaliar possíveis riscos de desenvolver a doença que pode ser controlado se identificada a tempo. Sua origem está no desgaste da mácula, área da retina responsável pelo centro da visão e que permite perceber detalhes, como reconhecer cores e o rosto das pessoas ou ler um livro. Os principais sintomas são embaçamento de visão e distorção de imagens.

Dos 60 anos em diante, o envelhecimento do cristalino (uma lente natural do olho, que focaliza as imagens) é acentuado e pode levar ao surgimento da catarata. Mas a doença pode aparecer em qualquer idade e, por isso, é importante ficar atento aos sintomas. O diagnóstico é realizado por meio de um exame oftalmológico que verifica a acuidade da visão e a transparência do cristalino.

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: Portal dos Olhos