A Organização não governamental americana Taping for The Blind (algo como “ditando para cegos”) dedica-se a uma atividade de utilidade pública: narrar revistas, jornais e demais publicações para deficientes visuais através de programas de rádio ou na internet, com suporte de cerca de 200 voluntários. O inusitado é que a revista masculina Playboy entrou no rol das publicações “contadas” aos deficientes.

“Ela é latina, morena, com olhos castanhos escuros. Tem cabelos longos, cacheados e, na foto, está sentada no oceano. As pernas estão meio cruzadas”, conta a radialista Suzi Hanks sobre o pôster de uma edição recente da revista. O grupo de voluntários grava e transmite as publicações 24 horas por dia.

O serviço existe desde 1967. Primeira mulher a transmitir a Playboy, Hanks lê e descreve artigos e fotos com riqueza de detalhes - marcas de bíquini, tatuagens, maquiagem e outros detalhes da produção não lhe escapam aos olhos. Todavia, de maneira sóbria e sem insinuações. '”Eu não preciso tentar ler de forma sexy. Eu apenas leio, sou mulher, e isso é sexy o bastante”, diz ela.

 

Fonte: Veja