17 de Abr de 2024

Estudo mostra problemas mais enfrentados por latinos, afrodescendentes e asiáticos

O processo de envelhecimento determina muitas doenças oculares. Mas as pessoas geralmente desconhecem que sua ascendência e etnia tem um papel significativo no aumento de vulnerabilidade para certos problemas de visão. Em restudo publicado no jornal Ophthalmology, ficou comprovado que latino-americanos com ancestrais africanos sofrem mais de pressão alta ocular, importante fator de risco para o glaucoma. Esse é apenas um exemplo de como determinados grupos são mais suscetíveis à perda de visão.

Nos Estados Unidos, a American Academy of Ophthalmology está informando cidadãos com ascendência africana, latina e asiática sobre os riscos de estarem mais sujeitos a determinadas doenças oculares. O objetivo é encorajar as pessoas a se prevenirem desde cedo para evitar o comprometimento da visão a longo prazo. O documento diz que, quando comparado com americanos de origem caucasiana, pessoas com ascendência africana ou latina tem muito mais propensão a desenvolver retinopatia diabética, glaucoma e catarata. Já os americanos de origem asiática são muito mais suscetíveis a desenvolver glaucoma de ângulo fechado, que, embora menos comum que o glaucoma de ângulo aberto, pode causar perda irreversível da visão.

De acordo com o médico Dr. Renato Neves, enquanto o glaucoma de ângulo aberto é mais comum e está muito relacionado com o processo de envelhecimento, o glaucoma de ângulo fechado costuma ocorrer quando a pressão do olho aumenta rapidamente, de uma hora para outra, causando visão embaçada ou perda súbita de visão, dor forte no olho, dor de cabeça, halos ao redor de luzes e incômodos como náuseas e vômitos. "Como esses sintomas podem ser facilmente confundidos com os de enxaqueca, é fundamental que o paciente verifique se os olhos estão vermelhos. Em caso afirmativo, deve procurar um oftalmologista com urgência", pondera o médico.

Como muitos problemas de visão não apresentam evidências logo no início, o especialista afirma que a informação é o melhor remédio para prevenir todo tipo de doença ocular, quer seja relacionada à etnia e ancestralidade dos pacientes, quer tenha o fator idade como determinante. "Alguns sinais permanecem invisíveis por muitos anos, exceto quando o paciente faz um exame minucioso, com dilatação de pupila. Portanto, quanto mais o paciente souber sobre sua propensão aumentada para determinadas doenças, melhor para seu prognóstico. A partir dos 40 anos, esse tipo de exame é muito importante para prevenir doenças oculares, tanto em relação ao componente hereditário, quanto a hábitos de vida, alimentação e idade", conclui Dr. Renato.

 

 

 

 

 

 

 

Fontes: Assessoria de comunicação do Eye Care Hospital de Olhos