Com a chegada do mês de junho e a proximidade do São João, as brincadeiras juninas se proliferam, especialmente entre as crianças, que não abrem mão de soltar fogos. Por isso, todo cuidado é pouco. É indispensável supervisioná-las, pois basta um descuido e as consequências podem ser muito ruins para a visão. “Mesmo as bombinhas inocentes, os traques de massa e as estrelinhas podem causar lesões, porque são confeccionados com pólvora e outros materiais, cujas faíscas podem atingir os olhos e provocar desde uma sensação de arranhão até uma perfuração ocular. Há casos de lesão ou trauma que evoluem para cegueira”, alerta a oftalmopediatra do Instituto de Olhos do Recife, Dra. Kátia Dantas.

A atenção também deve ser redobrada quando a meninada fica perto de fogueiras e fogos de artifício de maior porte. “O calor e a fumaça podem causar ardor, queimação, hiperemia (vermelhidão), lacrimejamento e prurido (coceira) nos olhos”, explica a médica. Esses sintomas podem evoluir para uma simples irritação até uma conjuntivite. “Nesses casos, não se deve permitir que a criança esfregue ou coce os olhos para diminuir o mal-estar, porque isso pode contribuir para piorar o quadro”, explica.

Em caso de acidentes, deve-se lavar bem os olhos com água corrente e procurar, imediatamente, uma urgência oftalmológica. A rapidez no socorro é essencial para o sucesso do tratamento. Outra dica é nunca utilizar colírios sem prescrição médica, nem usar remédios caseiros. “Pode-se, eventualmente, fazer uso de soro fisiológico frio e/ou de lágrimas artificiais até chegar na emergência ou na consulta médica”, orienta. Segundo a Dra. Kátia, nesse período do ano, há um aumento médio de 20% no atendimento da emergência, principalmente, por conta de acidentes decorrentes das festas juninas.

 

 

 

 

Fonte: Assessoria de comunicação do Instituto de Olhos do Recife