Diagnóstico precoce ainda é a melhor forma de prevenção

O glaucoma constitui a segunda maior causa de cegueira do mundo, ficando atrás somente da catarata, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Porém, como a maioria dos portadores de glaucoma não apresentam sintomas e como nem todos seguem a recomendação de consultar o oftalmologista pelo menos uma vez ao ano, muitas pessoas ficam sem diagnóstico até que tenham danos mais graves à visão. Além disso, estima-se que 30% dos pacientes diagnosticados não sigam o tratamento proposto.

Com o intuito de alertar sobre a importância dos cuidados com os olhos, e realizar exames preventivos anualmente, o médico Dr. Tiago dos Santos Prata, oftalmologista pela Escola Paulista de Medicina (UNIFESP), com especialização na área de Glaucoma na mesma instituição, tira todas as dúvidas sobre a doença e o tratamento.

O que é o glaucoma?

Trata-se de uma doença ocular crônica que pode ser causada por múltiplos fatores e provoca lesões no nervo óptico, que é responsável por levar as imagens do olho até o cérebro, e a perda progressiva do campo visual.

Quais são os sintomas?

Nas suas fases iniciais, a doença é silenciosa, sem sintomas, o que retarda seu diagnóstico. Se não for tratado adequadamente, o paciente começa a perder progressivamente a visão periférica. Nos estágios mais avançados da doença, a visão central também é atingida. Vale reforçar que no caso do glaucoma todo o campo visual perdido ao longo do tempo é irreversível.

Como diagnosticar?

O glaucoma pode ser diagnosticado a partir de exames oftalmológicos. Por esta razão, é muito importante consultar regularmente um oftalmologista, que fará diversos exames, como: exame de fundo de olho, medida da pressão intraocular e exame de campo visual.

Em qual faixa etária a doença normalmente aparece?

A incidência de glaucoma aumenta com o envelhecimento, principalmente acima dos 40 anos de idade, e os indivíduos negros apresentam maior prevalência e incidência da doença e também maior resistência ao tratamento.

Qual o tratamento indicado?

Quanto mais cedo a doença for diagnosticada e tratada, a chance de se evitar a perda da visão é maior. O glaucoma é uma doença que não tem cura, porém existe uma série de tratamentos que são capazes de retardar o seu avanço. Para cada tipo de glaucoma, existem cinco, há um tratamento indicado, que poderá ser por meio de medicamentos (colírios, medicamentos por via oral), laser e, em último caso, cirurgia. Somente o médico poderá indicar o melhor tratamento para cada caso.

Existem formas de prevenção?

A doença pode se desenvolver em qualquer pessoa, mas algumas estão mais predispostas: idade acima dos 40 anos, histórico familiar positivo, raça negra, alto grau de miopia, pessoas que tenham sofrido traumas oculares, uso prolongado de medicamentos à base de corticoides e pressão intraocular elevada.

Por fim, realizar exames oftalmológicos ao menos uma vez ao ano é importante para ajudar no diagnóstico precoce do glaucoma.

 

 

 

 

 

 

Fonte: Assessoria de Comunicação do Dr. Tiago dos Santos Prata