Oftalmologista fala sobre as técnicas e novas tecnologias nesse procedimento

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A cirurgia refrativa é um dos procedimentos oftalmológicos mais realizados na atualidade, graças à perspectiva de eliminar o uso dos óculos de grau ou mesmo das lentes de contato. “Por se tratar de uma intervenção com grande margem de segurança e excelentes resultados, tem se mostrado bastante útil na correção das chamadas ametropias, como miopia, hipermetropia e astigmatismo”, explica o oftalmologista Dr. Marcelo Valença, especialista em refrativa. O do Instituto de Olhos do Recife (IOR) realiza, em média, mais de cem intervenções desse tipo por mês. Mas é bom lembrar que cada caso requer uma análise rigorosa por um oftalmologista especializado na área. Diferentes técnicas e equipamentos são utilizados para este fim, porém, para cada paciente devem-se analisar os benefícios e riscos. “Quando bem indicada, a cirurgia refrativa é um procedimento com excelente percentual de sucesso e altos índices de satisfação do paciente”, avalia Valença.

Técnicas

Segundo o oftalmologista, ao longo dos últimos 15 anos, esse tipo de intervenção cirúrgica passou por vários avanços, no Brasil. A primeira técnica, a Ceratotomia Radial, não é mais realizada. Depois surgiu a Excimer Laser, técnica realizada até hoje para corrigir o grau. Em seguida, houve um aprimoramento dela com cirurgias personalizadas, diminuindo-se, assim, alguns sintomas de aberrações e ofuscamentos no pós-operatório. Posteriormente, ocorreu um avanço no corte da córnea, agora mais preciso, através da criação do Laser de FemtoSegundo. 

Dentre outras alternativas estão as técnicas LAZIK (ceratomileusis assistida pelo laser) e PRK (ceratectomia foto refrativa), nas quais é usado o Excimer Laser. “A mais usada é a Lazik, que inicialmente faz uma lamela na córnea, com um aparelho chamado microcerátomo ou com o laser femtosegundo”, explica Valença.

Indicação

Para aquelas pessoas que sofrem com problemas de refração desde crianças ou adolescentes e outras que adquirem, depois dos 40 ou 45 anos, a chamada presbiopia, mais conhecida como vista cansada, a cirurgia refrativa é uma boa solução para se livrar dos óculos da grau ou lentes de contato.

Apesar dos avanços nas técnicas e nos equipamentos envolvidos, nem todo mundo pode se submeter à intervenção. “Normalmente, os erros de refração são ocasionados pela curvatura da córnea do olho humano. O conhecimento de como as imagens são formadas contribui para o entendimento da atuação do laser na modificação dessa curvatura”, explica o médico.

Mesmo parecendo simples, a cirurgia refrativa exige cuidados especiais no pré e pós-operatório. A pessoa tem que estar motivada para operar, ter idade mínima de 18 anos, ter a refração estável nos últimos doze meses, não apresentar contraindicações nos exames clínicos complementares e não estar grávida. “Além disso, é indispensável procurar um especialista em córnea e cirurgia refrativa que possa detectar se o paciente possui ou não certas alterações oculares que contraindiquem a cirurgia”, orienta Valença.

Diabéticos e portadores de glaucoma, por exemplo, têm restrições relativas. “Para pessoas com patologias na córnea, como olho seco e o ceratocone, que é uma deformidade da córnea, não indicamos a intervenção cirúrgica, pois os resultados podem ser danosos à visão”, complementa.

 

 

 

 

Fonte: Assessoria de Comunicação do Instituto de Olhos do Recife