Pesquisas realizadas em diversos países mostram que para cada criança que protege os olhos do sol há 5 adultos. No Brasil este índice é um pouco mais alto, 1 criança para cada 6 adultos, pelo menos, entre os que usam lentes corretivas para corrigir vícios de refração (miopia, astigmatismo, hipermetropia). É o que aponta o comparativo de dois estudos realizados pelo Instituto Penido Burnier, um com 223 adultos em idade acima de 50 anos e outro com 233 crianças entre 10 e 14 anos. Entre adultos, dos 42% que usavam óculos de grau, 30% das lentes tinham proteção UV (ultravioleta) contra 5% das lentes corretivas usadas por 20% das crianças. Ao contrário do que muitas pessoas imaginam, na infância, os efeitos nocivos do sol para os olhos são maiores. Os fatores que aumentam os riscos são:

· Crianças têm a pupila maior e propensão à fotofobia (sensibilidade à luz) porque o cristalino é mais transparente.

· Até 10 anos, a maior transparência do cristalino permite que 75% da radiação UVA e UVB penetrem na retina, contra 10% aos 30 anos de idade.

· A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 20% dos casos de catarata são decorrentes da excessiva exposição ao sol.

· A absorção do UV pelos olhos é cumulativa. Além de catarata precoce, pode causar pterígio, degeneração da retina e inflamação na córnea. 

· Crianças passam 3 vezes mais tempo ao ar livre do que adultos e isso exige maior proteção.

Proteção ocular ideal para cada idade

Até 10 anos de idade os olhos devem ser protegidos do sol com viseira, chapéu de aba larga ou boné, barreiras físicas que bloqueiam 50% da radiação UV. Embora o sistema ocular esteja completamente desenvolvido aos 3 anos de idade, a visão é moldada até os 10 anos. Ou seja, neste período o estímulo visual de cores, formas e brilho contribuem para perfeita moldagem da visão que está associada à capacidade de aprender. Por isso o escurecimento das imagens por óculos solares pode comprometer este processo nesta fase da vida. Só a partir dos 10 anos os óculos escuros devem ser usados. A OMS recomenda proteção máxima, que inclui uso de óculos quando o índice UV atinge 7, as atividades ao ar livre devem ser evitadas por crianças menores nos horários de pico da radiação, das 11 às 17 horas, durante as férias de verão já iminentes. A regra vale mesmo para dias nublados em que a radiação atinge 70% dos ensolarados.

Para crianças que necessitam de lentes corretivas logo nos primeiros anos de vida recomenda-se o uso de lentes fotossensíveis. Isso porque, associam 100% de proteção UV, bom estímulo do sistema ocular e reduzem o cansaço visual no vídeo game por calibrarem o brilho do monitor em um nível bastante confortável.

Lentes escuras sem proteção mantêm a pupila dilatada e por isso permitem maior penetração da radiação na retina que danifica suas células fotossensíveis. Todo óculos de sol confiável tem certificação NBR ISO 1511. Sem esta certificação é melhor evitar a compra para prevenir doenças causadas pela radiação.

Fonte: Assessoria Penido Burnier