Na estação do sol e calor, os olhos pedem atenção especial para poder aproveitá-la com saúde

Com a chegada do verão não é apenas usando filtro solar que se protege dos raios ultravioletas. Muito delicados, os olhos também sofrem nessa época do ano. Para se ter uma ideia eles chegam a ser dez vezes mais sensíveis que a pele, segundo a The Eyecare Trust. É preciso tomar os devidos cuidados com a luminosidade da estação, a grande incidência dos raios ultravioletas, além é claro dos agentes externos que podem levar a contaminações.

Na opinião dos oftalmologistas Jonathan Lake e Sebastião Ferreira Neto, os brasileiros ainda não têm o hábito de proteger os olhos da exposição solar. “O óculos de sol é o filtro solar dos olhos. Mas é muito comum as pessoas não utilizarem o acessório, ou optarem por produtos piratas sem nenhum fator de proteção solar, colocando  em risco a saúde dos seus olhos. O principal perigo é a radiação ultravioleta (UV), que assim como queima a pele também pode causar danos aos olhos. Eles aumentam as chances de desenvolvimento de pterígio (membrana que cresce sobre a córnea e pode distorcer ou cobrir a visão), câncer de pele nas pálpebras e degenerações de retina, além da possibilidade de catarata precoce”,
pontuam eles.

Os óculos de sol sem boa procedência não oferecem garantia e não passam por tratamento antirrisco, antirreflexo ou polarização. Mas não é só isso. As irregularidades presentes nas superfícies das lentes podem causar desconforto visual, dor de cabeça e astigmatismo - deformidade da córnea que torna a visão desfocada para perto e para longe.

Na hora de escolher os óculos o consumidor deve saber a procedência e de preferência adquiri-lo em um local de sua confiança que sejam especializados. “Na verdade não têm como o consumidor ter a garantia que os óculos realmente possuem o fator de proteção adequado. O que, geralmente, vem no produto é um adesivo que traz informações sobre que tipos de raios solares aquela lente filtra, mas somente aparelhos específicos conseguem mensurar a proteção que cada lente possui de verdade”, explicam.

Dicas para proteger a visão das crianças

Por falta de informação ou por simples esquecimento, muitos pais não dão a devida importância à necessidade de proteger a visão dos bebês e crianças do sol. Outro fato muito comum e extremamente prejudicial á saúde ocular dos pequenos é a compra de óculos de plástico baratinho, que, além de não proteger contra os raios ultravioletas, ainda podem acabar prejudicando a visão e acarretando dor de cabeça e mal-estar. Estudos revelam que esse descuido também pode aumentar o risco de desenvolverem catarata e degeneração macular com o passar do tempo. Algumas dicas para que as crianças aproveitem o verão e mantenham a saúde:

· Invista em óculos de sol com 100% de proteção UV;

· Os óculos de sol precisam se ajustar perfeitamente ao rosto da criança para que elas se se sintam confortáveis e não precisem;

· Se a criança pratica esportes ou costuma brincar de correr considere armações apropriadas, que são presas à nuca;

· Crianças que usam óculos de grau devem ter também a prescrição de um modelo similar de sol;

· Seja perseverante. Crianças podem apresentar resistência para aceitarem usar óculos de sol, mas o importante é insistir até que o hábito seja adquirido.

Doenças oculares típicas de verão

Mas o alerta vai além: piscinas sem tratamento, com excesso de cloro, sujeira ou mesmo lotadas, praias com águas impróprias para banho, areias sujas oferecem grande risco de contaminação, seja pela proliferação de bactérias, vírus, fungos e outros agentes que colocam em risco a saúde dos olhos. Na dúvida, só abra os olhos debaixo da água com o uso de óculos de proteção, para impedir infecções oculares.

Outra doença muito comum nesta época é a conjuntivite. Segundo Jonathan Lake no verão o maior contato com outras pessoas e a maior quantidade de componentes no ar causam mais sensibilidade aos olhos, o que facilita a transmissão da conjuntivite. “A doença é transmitida pelo ar ou por contato direto, principalmente, pelas mãos ou toalhas. Além disso, pessoas mais sensíveis ao cloro e a produtos utilizados na limpeza de piscinas também podem desenvolver conjuntivite alérgica. Também são comuns as grandes aglomerações, que são um convite à conjuntivite viral”, aponta o médico.

Para evitar a conjuntivite é necessário manter a higiene, lavar sempre as mãos, evitar ambientes poluídos ou fechados e não coçar os olhos. “Olhos vermelhos, coçando, lacrimejando ou com aquela sensação de areia podem ser sinais da doença. Ai é preciso procurar um oftalmologista. Infecções oculares ou conjuntivite não tratadas corretamente podem levar a problemas mais sérios, sem o erro comum da automedicação”, conclui.

 

 

 

 

Fonte: Assessoria de Comunicação Oftalmed